O CURUPIRA
Ser fantástico que, habita as florestas e é o protetor das plantas e dos animais. suas pegadas enganam os caçadores e seringueiros, que se perdem nas florestas. O curupira também faz as pessoas se perderam imitando gritos humanos. Para não serem incomodados, os seringueiros e caçadores, adaptando um costume indígena, fazem oferendas de pinga e fumo. O Curupira e uma espécie de gênio da floresta. Parece-se com um menino de cabelos vermelhos, mas tem o corpo peludo, dentes verdes e os seus pés são virados: o calcanhar para frente e os dedos para trás. Algumas lendas descrevem que o curupira é um menino que tem cabelos vermelhos em outras ele é careca e que tem o corpo peludo, dentes verdes e os seus pés são virados para trás. É ele quem cuida dos animais da floresta. Dizem que esses ruídos misteriosos que vêm da mata são causados por ele. Tolera os caçadores que caçam para comer, mas não tem pena dos caçadores maldosos, principalmente dos que matam filhotes. Quando vê um caçador que mata por prazer, judia tanto dele, mas tanto, que o coitado, se não morre, fica louco para sempre. Para proteger os animais, ele usa mil artimanhas, procurando iludir o caçador: gritos, assobios, gemidos. O caçador pensa que é um animal ou uma ave e vai atrás do Curupira. Quando percebe, está perdido na floresta. Ao se aproximar uma tempestade, o Curupira corre toda a floresta e vai batendo nos troncos das árvores com um casco de jabuti ou com os pés. Assim, ele vê se elas estão fortes para agüentar a ventania. Se perceber que alguma árvore poderá ser derrubada pelo vento, ele avisa a bicharada para não chegar perto dela.
Entre os mitos indígenas, o Curupira é incontestavelmente o mais antigo, companheiro inseparável das crenças populares, de onde se admite a possibilidade de ser verdadeiramente indígena, senão antes legado pela população primitiva que habitou o Brasil no período pré-colombiano e que descendia dos invasores asiáticos. Curupira, de “curu”, abreviação de “curumim” e “pora”, corpo ou corpo de menino. É a “Mãe do Mato”, o tutor da floresta, que se torna benéfico ou maléfico aos freqüentadores desta.
O Curupira, ora é imperioso e brutal, ora é delicado e compassivo, ora não admite desrespeito ou desobediência, ora se deixa iludir como uma criança. Segundo uma crença generalizada, é o responsável pelos estrondos da floresta. Assim, quando no meio da mata se ouve um estrondo, que não seja uma trovoada, pode estar certo que o Curupira anda por ali…
O curupira é visto como santo ou divindade que faz com que o ser humano (índio ou homem branco) tire da floresta somente o necessário para sobrevivência.
Nesse texto em que estamos fortalecendo, o curupira faz um acordo com a caninana para fazer manduca rodar o dia inteiro pela mata em troca de um saco de fumo.
Entre os mitos indígenas, o Curupira é incontestavelmente o mais antigo, companheiro inseparável das crenças populares, de onde se admite a possibilidade de ser verdadeiramente indígena, senão antes legado pela população primitiva que habitou o Brasil no período pré-colombiano e que descendia dos invasores asiáticos. Curupira, de “curu”, abreviação de “curumim” e “pora”, corpo ou corpo de menino. É a “Mãe do Mato”, o tutor da floresta, que se torna benéfico ou maléfico aos freqüentadores desta.
O Curupira, ora é imperioso e brutal, ora é delicado e compassivo, ora não admite desrespeito ou desobediência, ora se deixa iludir como uma criança. Segundo uma crença generalizada, é o responsável pelos estrondos da floresta. Assim, quando no meio da mata se ouve um estrondo, que não seja uma trovoada, pode estar certo que o Curupira anda por ali…
O curupira é visto como santo ou divindade que faz com que o ser humano (índio ou homem branco) tire da floresta somente o necessário para sobrevivência.
Nesse texto em que estamos fortalecendo, o curupira faz um acordo com a caninana para fazer manduca rodar o dia inteiro pela mata em troca de um saco de fumo.
COBRA NORATO
No paraná do Cachoeiri, entre o Amazonas e o Trombetas, nasceram Honorato e sua irmã Maria, Maria Caninana. A mãe cabocla Zelina sentiu-se grávida quando se banhava no rio Claro.(engravidada pela boiúna) Os filhos eram gêmeos mas obrigada pelo pajé ,acabou por atirá-los no rio e se transformaram em duas serpentes escuras. A tapuia ( mãe) batizou-os com os nomes cristãos de Honorato e Maria. E sacudiu-os nas águas do Paraná porque não podiam viver em terra. O povo chamava-os: Cobra Norato e Maria Caninana.
Cobra Norato era forte e bom. Nunca fez mal a ninguém. Vez por outra vinha visitar a tapuia velha, no tejupar do Cachoeiri. Nadava para a margem esperando a noite. Quando apareciam as estrelas e a aracuã deixava de cantar, Honorato saía d’água, arrastando o corpo enorme pela areia que rangia. Vinha coleando, subindo, até a barranca. Sacudia-se todo, brilhando as escamas na luz das estrelas. E deixava o couro monstruoso da cobra, erguendo-se um rapaz bonito todo de branco. Ia cear e dormir no tejupar materno. O corpo da cobra ficava estirado junto do Paraná. Pela madrugada, antes do último cantar do galo, Honorato descia a barranca, metia-se dentro da cobra que estava imóvel. Sacudia-se. E a cobra, viva e feia, remergulhava nas águas do Paraná. Volta a ser a Cobra Norato. Salvou muita gente de morrer afogada. Direitou montarias e venceu peixes grandes e ferozes. Por causa dele a piraíba do rio Trombetas abandonou a região, depois de uma luta de três dias e três noites.
Maria Caninana era violenta e má. Alagava as embarcações, matava os náufragos, atacava os mariscadores que pescavam, feria os peixes pequenos. Nunca procurou a velha tapuia que morava no tejupar do Cachoeiri. No porto da Cidade de Óbidos, no Pará, vive uma serpente encantadora, dormindo, escondida na terra, com a cabeça debaixo do altar da Senhora Sant’Ana, na igreja que é da mãe de Nossa Senhora. A cauda está no fundo do rio. Se a serpente acordar, a Igreja cairá. Maria Caninana mordeu a serpente para ver a Igreja cair. A serpente não acordou, mas se mexeu. A terra rachou, desde o mercado até a Matriz de Óbidos. Cobra Norato matou Maria Caninana porque ela era violenta e má. Uma vez por ano Cobra Norato convidava um amigo para desencantá-lo. Amigo ou amiga. Podia ir na beira do Paraná, encontrar a cobra dormindo como morta, boca aberta, dentes finos, riscando de prata o escuro da noite: sacudir na boca aberta três pingos de leite de mulher e dar uma cutilada com ferro virgem na cabeça da cobra, estirada no areião. Cobra fecharia a boca e a ferida daria três gotas de sangue. Honorato ficava só homem, para o resto da vida. O corpo da cobra seria queimado. Não fazia mal. Bastava que alguém tivesse coragem. Muita gente, com pena de Honorato, foi, com aço virgem e fresquinho leite de mulher, ver a cobra dormindo no barranco. Era tão grande e tão feia que, dormindo como morta, assombrava. A velha tapuia do Cachoeiri, ela mesma, foi e teve medo. Cobra Norato continuou nadando e assobiando nas águas grandes, do Amazonas ao Trombetas, indo e vindo, como um desesperado sem remissão. Num putirão famoso, Cobra Norato nadou pelo rio Tocantins, subindo para Cametá. Deixou o corpo na beira do rio e foi dançar, beber e conversar. Fez amizade com um soldado e pediu que o desencantasse. O soldado foi, com o vidrinho de leite e um machado que não cortara pau, aço virgem. Viu a cobra estirada, dormindo como morta. Boca aberta. Sacudiu três pingos de leite entre os dentes. Desceu o machado, com vontade, no cocuruto da cabeça. O sangue marejou. A cobra sacudiu-se e parou. Honorato deu um suspiro de descanso. Veio ajudar a queimar a cobra onde viveram tantos anos juntos. Honorato ficou homem. E morreu não se sabe porque, anos e anos depois, na Cidade do Cametá, no Pará. Não há nesse rio e terras do Pará quem ignore a vida da Cobra Norato.
Na cena em que a batizamos de confronto, Norato esta com uma aparência de homem ,quando impede a caninana de quebrar os ossos de manduca ,se transforma em cobra quando é enfrentado pela irmã e depois quando cuida de manduca volta a ser homem novamente.
Cobra Norato era forte e bom. Nunca fez mal a ninguém. Vez por outra vinha visitar a tapuia velha, no tejupar do Cachoeiri. Nadava para a margem esperando a noite. Quando apareciam as estrelas e a aracuã deixava de cantar, Honorato saía d’água, arrastando o corpo enorme pela areia que rangia. Vinha coleando, subindo, até a barranca. Sacudia-se todo, brilhando as escamas na luz das estrelas. E deixava o couro monstruoso da cobra, erguendo-se um rapaz bonito todo de branco. Ia cear e dormir no tejupar materno. O corpo da cobra ficava estirado junto do Paraná. Pela madrugada, antes do último cantar do galo, Honorato descia a barranca, metia-se dentro da cobra que estava imóvel. Sacudia-se. E a cobra, viva e feia, remergulhava nas águas do Paraná. Volta a ser a Cobra Norato. Salvou muita gente de morrer afogada. Direitou montarias e venceu peixes grandes e ferozes. Por causa dele a piraíba do rio Trombetas abandonou a região, depois de uma luta de três dias e três noites.
Maria Caninana era violenta e má. Alagava as embarcações, matava os náufragos, atacava os mariscadores que pescavam, feria os peixes pequenos. Nunca procurou a velha tapuia que morava no tejupar do Cachoeiri. No porto da Cidade de Óbidos, no Pará, vive uma serpente encantadora, dormindo, escondida na terra, com a cabeça debaixo do altar da Senhora Sant’Ana, na igreja que é da mãe de Nossa Senhora. A cauda está no fundo do rio. Se a serpente acordar, a Igreja cairá. Maria Caninana mordeu a serpente para ver a Igreja cair. A serpente não acordou, mas se mexeu. A terra rachou, desde o mercado até a Matriz de Óbidos. Cobra Norato matou Maria Caninana porque ela era violenta e má. Uma vez por ano Cobra Norato convidava um amigo para desencantá-lo. Amigo ou amiga. Podia ir na beira do Paraná, encontrar a cobra dormindo como morta, boca aberta, dentes finos, riscando de prata o escuro da noite: sacudir na boca aberta três pingos de leite de mulher e dar uma cutilada com ferro virgem na cabeça da cobra, estirada no areião. Cobra fecharia a boca e a ferida daria três gotas de sangue. Honorato ficava só homem, para o resto da vida. O corpo da cobra seria queimado. Não fazia mal. Bastava que alguém tivesse coragem. Muita gente, com pena de Honorato, foi, com aço virgem e fresquinho leite de mulher, ver a cobra dormindo no barranco. Era tão grande e tão feia que, dormindo como morta, assombrava. A velha tapuia do Cachoeiri, ela mesma, foi e teve medo. Cobra Norato continuou nadando e assobiando nas águas grandes, do Amazonas ao Trombetas, indo e vindo, como um desesperado sem remissão. Num putirão famoso, Cobra Norato nadou pelo rio Tocantins, subindo para Cametá. Deixou o corpo na beira do rio e foi dançar, beber e conversar. Fez amizade com um soldado e pediu que o desencantasse. O soldado foi, com o vidrinho de leite e um machado que não cortara pau, aço virgem. Viu a cobra estirada, dormindo como morta. Boca aberta. Sacudiu três pingos de leite entre os dentes. Desceu o machado, com vontade, no cocuruto da cabeça. O sangue marejou. A cobra sacudiu-se e parou. Honorato deu um suspiro de descanso. Veio ajudar a queimar a cobra onde viveram tantos anos juntos. Honorato ficou homem. E morreu não se sabe porque, anos e anos depois, na Cidade do Cametá, no Pará. Não há nesse rio e terras do Pará quem ignore a vida da Cobra Norato.
Na cena em que a batizamos de confronto, Norato esta com uma aparência de homem ,quando impede a caninana de quebrar os ossos de manduca ,se transforma em cobra quando é enfrentado pela irmã e depois quando cuida de manduca volta a ser homem novamente.
MANDUCA
É um caboclo pávulo. Tem como amigo o uirapuru que é um pássaro encantado, só manduca consegue entender a fala desse bichinho que na verdade só canta, mas como são muito amigo manduca passa a ouvir sua voz.manduca é agraciado pelo canto do uirapuru todas as manhãs em sua janela.
No prólogo os dois entram num acordo, o pássaro para agradar manduca e manduca para conquistar sua cunhatã.
O caboclo acredita nos deuses, tanto que na primeira cena ele demonstra sua crendice evocando o deus do amor. nesta cena ele tenta convencer Jacira de que falou com o uirapuru eo pássaro pediu para ser solto.
Manduca não maltrata os seres da floresta, adora contar vantagem e ganhar algum troco quando encontra com turistas.
Na ultima cena em que denominamos de realidade é o momento em que manduca se reencontra com sua morena, ele está feliz por ver sua amada tenta de um tudo para convencer Jacira do porque não conseguiu chegar a tempo no porto.
No prólogo os dois entram num acordo, o pássaro para agradar manduca e manduca para conquistar sua cunhatã.
O caboclo acredita nos deuses, tanto que na primeira cena ele demonstra sua crendice evocando o deus do amor. nesta cena ele tenta convencer Jacira de que falou com o uirapuru eo pássaro pediu para ser solto.
Manduca não maltrata os seres da floresta, adora contar vantagem e ganhar algum troco quando encontra com turistas.
Na ultima cena em que denominamos de realidade é o momento em que manduca se reencontra com sua morena, ele está feliz por ver sua amada tenta de um tudo para convencer Jacira do porque não conseguiu chegar a tempo no porto.
CLECIANO CARDOSO
eu achei interessante o relato sobre a serpente que esta aos pes de nossa senhora de santana.Pelo jeito que vc narrar os fatos.Teria como vc relata um pouco mais sobre esta serpente?
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