quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

O ATOR NÃO É SÓ CENA


Hoje foi um dia muito importante na minha jornada de aprendizagem teatral. Desde o início sempre priorizei a obtenção de técnicas que otimizem o treinamento do ator em cena, pois julgava que isso era parte fundamental do trabalho,já que a cena é vista como o objetivo final.
Mas neste dia 09/02/2009 vi que o trabalho do ator vai muito além do palco. Essa dinâmica de criação (trabalho de mesa) nos permite viajar na idéia do texto transformando-o e adequando-o às necessidades cênicas, dando ao ator uma grande oportunidade de aguçar sua capacidade e expressão.
E viva o refrigerante alucinógeno.
Vejo que assim, além de representar o ator também deve opinar, analisar, ver, julgar e sentir o tempo todo.
Sei que essa característica varia de direção para direção, mas no meu ver (ainda leigo) percebo que esta é uma das melhores formas de construção de uma tarefa, pois revela a importância de um trabalho em grupo, diferente de um trabalho solo, limitado à capacidade de uma só pessoa.
Dessa forma agregamos valores e qualidade de todos do grupo o que aumenta em muito as chances de sucesso, já que é da divergência que se chega à solução.
A participação direta do ator como acontece neste caso também valoriza a profissão, porque assim ele deixa de ser um mero boneco de corda programável ao bel-prazer da direção.
E como disse que sou uma pessoa que acredita muito em motivação, hoje posso afirmar que me sinto muito motivado. Não apenas eu, pois também vejo isso nos olhos de algumas pessoas. Motivação esta que foi instaurada por vários fatores. Só deixo minhas preces aos responsáveis por esses fatores que não “nos” deixem a peteca cair.
E eu como um aprendiz, função que vou acumular pelo resto da minha vida,sinto-me lisonjeado de fazer parte dessa experiência que, sem dúvidas, fará parte dos meus princípios e parâmetros teatrais.

O UIRAPURU VOA.
(MESMO COM ESCAMAS)

ANDREW VILLAS-BOAS

10 de fevereiro de 2009.

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