quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

DE VOLTA PARA O FUTURO


Tendo se passado 5 dias desde o nosso último encontro me pego constatando que há informação demais de um único dia e que minha memória não é/está assim tão boa.
Mas eu estava em outro clima, não o do carnaval, mas por ele. O encontro do Movimento Espírita do Pará recebeu mais de 1000 jovens de mais de 20 municípios e até mesmo de fora do Estado. Quatro dias muito bons em que até rolou teatro, mas em outro enfoque, ou melhor, com outro objetivo. Aliás, uma pequena vitória: o tema do próximo ano será Espiritismo e Arte. Pode ser tudo o que nós (artistas espíritas) queremos para desmistificar um monte de idiotices sobre o que é a Arte quando relacionada à religião, como se o próprio teatro não tivesse começado com os ritos aos deuses egípcios e outros até mais antigos. Mas o caminho é longo e os obstáculos e desconfianças arraigados, mas tenho certeza que Jesus há de iluminar essas mentes. Com alguma ajuda de José de Anchieta. Mas isso não é assunto para cá.
Com O Uirapuru tomando forma cada vez mais definida, percebemos um estilo que à primeira vista parece meio anárquico do Aníbal que não é uma criação coletiva, mas que bebe de todas as fontes e usa as referências e as idéias que vão surgindo. Até mesmo os meus dedoches de mafagafos e mafagafinhos. Em algum momento isso tudo vai ser triado, enxuto e utilizado de forma que acrescente à encenação. É bom isso de poder dividir e eu acredito nesses processos em que o ator oferece a matéria-prima que vai construir tudo. E é engraçado perceber que o Aníbal é mais ansioso que o Adriano. Não demora pra ele levantar e dizer o que ele quer, enquanto o Barroso deixa a gente no escuro por tempo demais. Eu não gosto nem do 8 nem do 80. Fico com Sidartha Galtama e opto pelo Caminho do Meio e que Maya não me cegue com a certeza do sucesso. (Não, isso não tem influência de Caminho das Índias e eu acho a escrita da Glória Peres um saco!!!).
De tanto que se falou acho que esse aspecto do processo criativo é o que mais se destaca. Os exercícios para uso de bonecos vão se somando, ou tornando-se mais avançados e é evidente a precisão maior ou menor de uns e de outros, tanto quando é inegável que todos estão progredindo e que esses resultados serão utilizados em trabalhos futuros. Claro!!!
Agora é garantir espaço para o segundo mês de ensaios quando precisaremos de um local que nos permita guardar equipamentos. Roça, moleque! Roça!

Beijos de retorno.
HUDSON ANDRADE
25 de fevereiro de 2009 AD

10h57

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